
Nós que seguimos as regras da Santa Igreja também devemos nos instruir para bem praticar a vida com dignidade, salvaguardar os bens deste mundo, protegendo o meio ambiente; praticar e contribuir para a vida cultural, econômica, política e social com as regras tão necessárias para o desenvolvimento integrado de todos os homens e mulheres, com paz, solidariedade e justiça. Mais do que nunca vamos acolher os ensinamentos do Evangelho: nos Textos Sagrados deparamos com “... a fé que salva a esperança que ilumina e a caridade que ama.”.
Todos nós fomos criados à semelhança de Deus, cf. Gênesis l.16 e seguintes; ao nos analisarmos temos consciência de que somos pessoa, única, iirrepetível e distinta dos outros seres humanos. Somos também distintos na relação com os demais seres humanos, agindo com o diálogo, a participação, a solidariedade, o amor, a amizade e mesmo a confrontação com nossos semelhantes. Com referência ao mundo em que vivemos temos uma relação e uma abertura próprias com a comunidade, através do nosso trabalho, das festas e das celebrações que participamos procurando entender e processar essa relação fazendo o bem e evitando o mal, procurando a justiça e a verdade para todos nós.

A pessoa então é chamada a viver uma subjetiva aberta, vivendo com racionalidade: os cristãos têm assim uma subjetividade importante para todos. Não podemos e não devemos negar nosso semelhante; não devemos encará-lo apenas como uma medida que corresponda às nossas necessidades e às nossas expectativas.
Em Mateus 7,12 encontramos: “Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês também façam vocês a eles..” e também “quem ouve minhas palavras e as põem em prática é como o homem prudente que construir sua casa sobre rocha...” idem, 7.24.
É assim, por conseguinte, que o ser humano deve acolher o dom do amor e da vida dados por Deus, com todo seu ser, alma e corpo, razão e querer, oração e ação, vida familiar, social e comunitária. “O homem se fortalece quando compreende as inevitáveis necessidades da vida social, assume as exigências multiformes da solidariedade humana e se responsabiliza pelos serviços à comunidade humana.”, cf. “Gaudium et Spes”, n. 31.
Repetimos aqui o fundamento basilar da Doutrina Social da Igreja: ver, julgar, agir e avaliar. Procure a paz solidária, colocando-se no lugar do outro de modo a promover o diálogo. Não responder violência com violência. Interessar-se pela existência familiar e da comunidade
.Com essa modesta exposição, desejamos a todos um Bom Natal e um Ano Novo de realizações, pedindo ao Criador proteção e à Virgem Maria que nos embale no decorrer do próximo ano, com a prece do 10o. Plano de Pastoral de Conjunto, n. 246, pg. 129:Ed. 2004/2008. Edit. N. S. da Paz:
“Senhor Jesus/ Redentor nosso, / Somos Teus servos, somos Teus amigos; / para cumprir Tua missão/ não paraste num único local, / não tiveste onde reclinar Tua cabeça./ sempre levastes os discípulos às águas mais profundas./ Fica conosco Jesus./ Livra-nos do comodismo que sufoca a missão./ Envia-nos aos que não Te conhecem./ As que tendo Te conhecido, vivem como se fossem pagãos./ Aos que tendo Te conhecido de Ti já se esqueceram./ Orienta nossos passos rumo aos pobres e sofredores./ Abre nossos olhos aos novos ambientes da missão./ Leva-nos enfim às terras onde quiseres./ Amém.”
