
A locução latina “homo homini lupus” significa o “homem é o lobo do homem”, foi escrita pelo filósofo Tito Macio Plauto, 254 – 184 AC, nascido em Sarsina, Itália, dramaturgo que viveu no período republicano, crítico do modo de vida dos seus contemporâneos e das atitudes de seus dirigentes políticos; sua locução foi estudada e popularizada pelo filósofo, matemático e teórico político inglês Thomas Hobbes (1588-1679), e também por Sigmund Freud, austríaco (1856-1939), o pai da psicanálise.
Todos estudaram e desenvolveram o pensamento latino, retratando a tendência do homem ao conflito.
Com efeito, a manifestação da violência marca a história do homem desde seus primórdios e que se prolonga através do século XXI, na plena sociedade dita civilizada.
Sob o aspecto psicológico-antropológico do “homo homini lupus” o ser humano, a comunidade e a sociedade em geral mostram-nos uma necessidade de um Estado forte, com leis severas e implacáveis, para garantir a paz e a prosperidade. A liberdade do ser humano, no entanto, é reprimida, a liberdade individual é trocada em parte pela segurança. Assim, como previu Thomas Hobbes “o incremento do poder de um indivíduo implica o decréscimo do poder do outro”.
Também é de se registrar que o principio “o homem é o lobo do homem” integra o pensamento e o agir do gênero humano ainda que em diferentes etnias, cultos, crenças, doutrinas, períodos históricos etc.
Com efeito, há uma antiga fábula dos índios “cherokees”, com remanescentes que vivem no Oeste dos Estados Unidos, procurando explicar por que às vezes as pessoas são obrigadas a trocar violência por violência: Todo homem é chamado a lutar, cedo ou tarde. Há sempre uma batalha a ser travada no decorrer da vida, lembrando que o conflito mais feroz é entre dois lobos. Segundo os índios todo homem tem dentro de si os dois lobos; um mau, cheio de ódio, com ciúme, inveja, ganância, desprezo, mentiras, falsidades etc. O outro lobo é bom, vive com amor, ternura, esperança, solidariedade, compaixão, humildade, fé etc.
A pergunta que se faz: Qual o lobo que vence a luta?
É aquele que melhor alimentamos dentro de nós!

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