Segundo os anais da Santa Igreja, foi o Padre Joseph Cardjin, belga, nascido em 18.11.1882 e falecido em 25.7.1967, que criou a expressão “ver, julgar, agir”. Dedicou sua vida em promover a cidadania, a paz e a igualdade social; fundou o movimento “Young Christian Workers”, Juventude Cristã Operária – Joc, através do qual surgiram outros grupos e movimentos do apostolado dos leigos.
Foi Cardjin que sugeriu ao Papa João XXIII, em meados de 1960, que editasse uma encíclica retratando a evolução da questão social segundo os ensinamentos da doutrina cristã. Cardjin preparou um dossiê de 20 páginas com suas idéias, inspirações e investigações.
Em 15.5.196l veio a público a obra “Mater et Magistra”, por ocasião dos 70 anos da revolucionária “Rerum Novarum”, do Papa Leão XIII, versando sobre as condições dos trabalhadores. A “Mater et Magistra” baseou-se no método “ver,julgar, agir”, ao proclamar :
“Para levar a situações concretas os princípios e as diretrizes sociais, passa-se ordinariamente por três fases: o estudo da situação concreta; segundo, a apreciação da mesma à luz
desses princípios; terceiro, o exame e a determinação do que se pode e deve fazer para aplicar os princípios e as diretrizes à prática, segundo o modo e o grau que a situação permite ou reclama... “ n. 213.
Com efeito, a socialização é um aspecto característico da época em que vivemos, apresentando alteração progressiva da convivência entre as pessoas, com comunicação das várias formas de vida e de atividades humanas, não podendo olvidar os acontecimentos históricos, a evolução das descobertas científicas e técnicas, o progresso dos setores produtivos, na indústria,no comércio, na pecuária, na agricultura etc.
Por conseguinte, a “Mater et Magistra” prevê a remuneração do trabalhador com critério e justiça, ajustando o progresso econômico e social, a propriedade privada e pública , devendo respeitar o mundo econômico e a harmonia da vida do trabalhador e da sua família
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Cardjin ainda fez outros pronunciamentos ao longo da sua vida eclesial e pública, relembrando aqui o resumo do seu pronunciamento em 1935, no lo. Congresso Internacional da |JOC:
“Lideres e membros devem aprender a ver, julgar e agir. Ver o problema do seu destino temporal e eterno; julgar a situação presente, os problemas, as contradições, as demandas de um destino eterno e temporal; agir com vistas à conquista do seu destino temporal e eterno.”