A partir de 9 de março, quarta-feira de cinzas e se estendendo por toda Quaresma,a Campanha da Fraternidade para este ano, instituída pela CNBB –Conferência Nacional do Bispos do Brasil, aborda o tema “Fraternidade e a vida o planeta” com base na questão ecológica vêm ocasionando os maiores adversidades para nossa população e para nosso meio ambiente, objetivando:
Viabilizar estudos para formação da consciência ambiental, estabelecendo responsabilidades e suas implicações.
Promover a discussão das questões ambientais nas sociedades, nas Igrejas, nas demais religiões, escolas, serviços sociais e com as autoridades respectivas.
Mostrar a gravidade e a urgência dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento global, observando sua área local, regional, o contexto nacional e planetário.
Valer-se das experiências próprias e adotar as experiências alheias de modo a superar os problemas ambientais, mostrando efetivamente a responsabilidade de cada um e de todos, de modo a manter o bom meio ambiente.
“Ver, julgar, agir e avaliar” é o propósito da Campanha da Fraternidade deste ano, não se esquecendo que este é o lugar que Deus nos deu para bem vivermos e convivermos e que nos destinou para a administração da terra e de toda criação que aqui vive.
O lema da Campanha, extraído do Livro Romanos, Capítulo 8, versículo 22 - “A criação geme em dores do parto”, como bem discorrem os bispos responsáveis pela sua divulgação, trata-se do gemido da criação que aparece hoje na deterioração do nosso ambiente em razão de uma exploração descuidada, irresponsável, imediatista e gananciosa dos recursos do planeta.
O homem vem exercendo uma pressão incrível no nosso ecossistema a partir da Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra, séc. XVIII, e que vem aumentando desmedidamente , havendo necessidade de novas e urgentes técnicas de conservação, prevenção e mitigação ambientais, evitando, em especial, a contaminação das fontes e cursos de água, dos solos, a poluição atmosférica e a substituição indiscriminada da cobertura vegetal nativa, com a redução dos habitats silvestres.
A preocupação com o meio ambiente sustentável teve um marco na década de 1960 quando a zoóloga, bióloga, ambientalista e escritora americana Rachel Carson (27.5.1907 – 14.4.1964) lançou o livro “Primavera silenciosa” (“Silent Spring”) tratando do uso indiscriminado dos insumos agrícolas. Há assim, a partir daquela década, o estudo para alcançar o equilíbrio entre os interesses econômicos e conservacionistas de modo a atingir melhorias na qualidade vida da população e o desenvolvimento sustentável.
As recentes catástrofes que nos chegam ao conhecimento diariamente pelos meios de comunicação ocorridas no nosso planeta nos demonstram que não devemos ficar inertes e silenciosos . Na própria região de Minas Gerais verificamos inúmeros rios e seus afluentes sempre sujos, com a mata ciliar devastada, desmatamento afoito, utilização dos nossos morros com a edificação de casas sem o mínimo de segurança, etc.
Lembram-se do rio sagrado Jordão, utilizado por séculos para o batismo da metade da humanidade, cristãos, judeus e muçulmanos; há dois milênios Jesus foi ali batizado em suas águas puras, margeadas com salgueiros, tamareiras e caniços, hoje é um lamaçal no qual se misturam esgoto e resíduos de tóxicos da agropecuária. As autoridades proibiram o batismo naquele conhecido curso de água.
Vamos refletir, estudar e aplicar nossas experiências para a defesa do nosso planeta.Preservemos nosso ambiente para nós e nossos descendentes.
Charlie Chaplin nos alertou: “Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; ficamos empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Precisamos não só de máquinas, mas de afeição, de ternura; sem essas virtudes a vida será de violência e tudo será perdido.”
Recordamos e parodiamos a canção de Vinicius e Toquinho, de 1974, “Carta ao Tom”: “... é meu amigo só resta uma certeza é preciso “salvar” a natureza, é preciso inventar de novo o amor.. “
Nenhum comentário:
Postar um comentário