O tema da
Campanha da Fraternidade deste ano, instituída pela CNBB Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil, a se iniciar em 5 de março próximo,
na Quaresma, é Fraternidade e Tráfico Humano, tendo por finalidade:
1.
Identificar a prática do tráfico humano nas várias formas e
denunciar as autoridades como violação de dignidade humana para
erradicar esse mal, resgatando os filhos e filhas de Deus.
2.
Identificar as causas e viabilidade do tráfico e da exploração do
ser humano e aqueles e aquelas que sofrem com essa exploração.
3. Obter
dos poderes públicos polícia e autoridades, os meios para a
reinserção familiar e social daqueles atingidos pelo tráfico e a
exploração humana. Enfim, terminar com essa chaga social.
A
grande maioria das pessoas traficadas é pobre. Os traficantes
exploradores são criminosos e envolvem suas vítimas com promessas
enganosas fazendo um quadro que mostra bem estar nos lugares que vão
ser recebidas; serão então exploradas, na maioria das vezes com
maus tratos violentos perda de liberdade etc.
As
pesquisas da OIT, UNICEF e ONU mostram que em primeiro lugar está o
crime da venda de armas e drogas e logo após o do tráfico humano. O
Brasil é nas estatísticas o maior explorador de pessoas,
recolhendo-as, além dos brasileiros, vítimas da Bolívia,Chile,
Argentina, Venezuela , enviando-as para Europa Ásia e Estados
Unidos.
Há
também aqueles que são trazidos da sua terra natal para trabalhar
em obras, indústrias de confecção, empresas de extração mineral
agricultura, sem o necessário amparo das leis trabalhistas,
trabalhando exaustivamente vivendo em condições subhumanas. Isso é
encontrado facilmente como noticiam nossos meios de comunicação.
A
editora “Verbo Divino” expediu um trabalho sobre a matéria com
reflexões e depoimentos profundos,contundentes reveladoras, para
muitos uma lenda, para outros “um dragão a ser combatido”,
muitas vezes com uma existência profícua e vantajosa para os
criminosos que o cometem e que podem estar bem perto de você,sua
família,sua cidade.
O lema
da campanha “ é para liberdade que Cristo nos libertou”, GL 5.1
de autoria de São Paulo endereçada aos Gálatas habitantes da
Galacia, na Ásia Menor com o propósito de combater os “os
judeizantes” que pregavam aos gentios que todos tinham que ser
circuncidados e guardar integralmente os ensinamentos de Moises.
A
epístola defende a obstinada justificação pela fé, com
advertências contra a reversão ao judaísmo argumentando a defesa
da liberdade cristã e os ensinamentos do amor entre todos de acordo
com os exemplos de Jesus Cristo na sua peregrinação terrestre.
Aplicando essa expressão bíblica aos tempos de hoje, concluímos
que todos somos filhos de Deus e devemos agradecer a nossa fé nossa
esperança e nossa liberdade.
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