Tomamos conhecimento da vida de um lutador pela liberdade da igualdade de viver dos nossos patrícios conhecido por LUIZ GAMA, nascido em Salvador, em 21.6.1830, e falecido em São Paulo, em 24.8.1882, identificado como LUIZ Gonzaga Pinto da GAMA. Nascido de mãe negra e pai branco foi escravo até os 10 anos, analfabeto até 17; foi para a cidade paulista aprendeu a ler e a escrever; começou a redigir em jornal de pequena circulação, inúmeras noticias, poesias, dedicou-se ao estudo do Direito e passou a defender pessoas na primeira instância dos tribunais como rábula, por não ter formação acadêmica, atuando em causas, na maioria das vezes, a favor dos escravos.
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| Luiz Gama |
Raul Pompéia, escritor e poeta, 1863 /1865, admirava-o pela sua batalha nos tribunais e pela linguagem escorreita e esplendorosa de seus escritos, recordando que Luiz Gama declarou em uma das suas contestações que “o escravo que mata seu senhor, em qualquer circunstância, mata em legítima defesa. ”
Luiz Gama faleceu antes mesmo da declaração da Abolição da Escravatura de 13/5/1888.
Em 1930, no Largo do Arouche - SP foi erigido um busto em sua homenagem, a pedido da comunidade negra.
No governo de Getúlio Vargas foi promulgada a Lei 1390, de 03/6/1951 de autoria de Afonso Arinos, muito criticada e pouco eficiente.
Atualmente, a Lei Federal 9459 se 13/5/1997, definiu os crimes resultantes do preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Como nos esclarece o historiador Joel Rufino dos Santos, até hoje “... negro é uma invenção do branco, uma prisão em que a civilização capitalista moderna trancou africanos e afro descendentes”.
Chico Xavier também afirma que “discriminação, exploração e diferença de oportunidades ainda existem na sociedade brasileira e precisam ser combatidas cotidianamente. Somos todos iguais.”
Ver, julgar, agir e avaliar, como nos ensina a Doutrina Social da Igreja.
