No decorrer do ano civil (Janeiro a dezembro) a Igreja apresenta aos fiéis as inúmeras da vida terrena de Jesus Cristo.
Assim, ocorreu a instituição do Ano Litúrgico, porém iniciado diferentemente do ano civil e dividido em quatro períodos: o Advento (a expectativa do Antigo Testamento da vinda do Messias), a Quaresma, a Páscoa e Pentecostes (descrição da vida pública de Jesus).
“Liturgia”, de origem grega, significa “obra pública”, “serviço de parte do povo e em favor do povo”, mas na tradição cristã exprime que “o povo de Deus toma parte na obra do Senhor”: é o culto divino, com o anúncio do Evangelho, a prática da caridade, com a participação consciente, ativa e frutuosa de todos nós. (Enciclica Sacrossantum Concilium, n. 10).
Como nos ensina D. Estevão T. Bettencourt, de saudosa memória,“o ciclo litúrgico anual tem valor pedagógico, já que a limitada capacidade humana não consegue penetrar com um só olhar da mente toda a riqueza da obra de Cristo, esta é explicitada sucessivamente nas grandes datas da liturgia”.(cf. “Curso de Liturgia”, p. 15, módulo 4).
Discorramos sobre o Advento, que se inicia quatro semanas antes da Festa Natalina de Jesus, dia 25 de dezembro.
Os textos bíblicos falam na lª Semana do Advento no caminhar de preparação da chegada de Jesus, que nos tirará das trevas e nos oferece a Luz radiante da sua vinda gloriosa. S. Paulo nos diz que “a noite passou e o dia vem chegando; revestimo-nos do Senhor!” (Rom 13, 11 a 14).
A 2ª. Semana do Advento nos convida à participação de viver a justiça como nos diz São João Batista: e o profeta Isaías prevê o Reino Universal e Pacifico do Messias “... com o espírito de sabedoria e conhecimento, de conselho e fortaleza, espírito de ciência e piedade...” (Is, 11, 1 – 10).
A 3ª. Semana contempla a nossa vigilância e a alegria de receber o Filho de Deus. Há alegria e esperança, reafirmando que Jesus deseja que tenhamos vida e vida em abundancia na família, no mundo da política, da sociedade, da cultura e da fraternidade. São Tiago nos fala de Deus e o mundo e que tenhamos paciência em nossas aflições “até a vinda do Senhor... fortalecendo nossos corações, pois a vinda do Senhor está próxima...” (Tiago, 5, 7 – 10).
A 4ª. Semana, afinal, com o nascimento de Jesus; Maria e José nos apresentam o Filho de Deus, e, eficazmente, na Sua apresentação a toda a humanidade. Em 25 de dezembro damos glória aos céus e agradecemos a presença de Emanuel, o “Deus conosco”. É ainda Isaías que prediz: “Por isso mesmo o Senhor nos dará o sinal. Uma virgem conceberá e dará à luz um filho e será chamado de Emanuel...” (Is 7, 10 – 15).
Esse o significado do Advento (= a vinda) no período que começa o ano litúrgico e que deve por todos os cristãos ser estudado, refletido e praticado com fervor, disposição e fé.
A vinda de Jesus e sua presença entre nós já um fato inconteste, pois ele está conosco até o final dos tempos.
Peçamos a Deus, neste Natal, que infunda em nossos corações a graça divina e misericordiosa, a esperança de participarmos da Jerusalém Celeste , pelo nascimento de Seu Filho Unigênito.
Permaneçamos todos contritamente na Paz do Senhor!Um Bom Natal para todos!
domingo, 28 de novembro de 2010
NOVO CAPÍTULO – CADERNETAS DE POUPANÇA E OS EXPURGOS INFLACIONÁRIOS
l. A partir de 1986 o Governo Federal instituiu os mirabolantes e prejudiciais planos econômicos determinando que as cadernetas de poupança, criadas pra a guarda das economias pessoais de milhões de brasileiros, não pagassem ou creditassem nas contas individuais, o valor total da correção monetária e dos juros mensais previamente contratados.
Assim, foi instituído o chamado Plano Bresser, pelo DL 231/1986, descontando da remuneração 18,6% e 26,06%, na moeda da época. Em janeiro de 1989 foi instituído o Plano Verão com a Medida Provisória 32, descontando em janeiro, fevereiro e março de 1989, o percentual de 86,50% nos rendimentos das cadernetas. Em 1990 e 1991 surgiram os denominados Planos Collor I e II, deixando de creditar em março e abril de 1990 e fevereiro de 1991 os percentuais de 42%, 84% e 21% no resultado das nossas economias depositadas nas diversas cadernetas de poupança. Foi um prejuízo marcante e inteiramente desfavorável para todos aqueles que dia a dia procuram economizar e guardar seus valores nas cadernetas de poupança em todo país.
2. A indignação dos correntistas transformou-se nos milhares de processos judiciais que tramitam nos Tribunais dos Estados; alguns valores foram pagos aos depositantes pelas entidades bancárias, geralmente de pequenas diferenças. No entanto, as quantias de maior expressão das diferenças devidas aos correntistas até hoje estão sendo discutidas, com as entidades financeiras utilizando-se dos inúmeros recursos que a legislação processual permite para debate da matéria. Os tribunais têm se mostrado inteiramente favoráveis aos reclamos dos depositantes, acatando os pedidos e rechaçando as apelações das entidades financeiras. Já foi publicada a remansosa e pacífica jurisprudência, enfatizando que: é responsabilidade da entidade financeira de pagar ao depositante as diferenças dos planos econômicos; a prescrição para debate da matéria é de vinte anos; o assunto tem guarida no Código de Defesa do Consumidor, eis que a caderneta é um contrato previamente constituído entre o correntista e a entidade bancária; as entidades bancárias estão descumprindo diversos preceitos previstos na Constituição Federal que amparam os direitos dos correntistas individualmente; é obrigação dos bancos apresentar ao correntista e à Justiça os extratos bancários com os valores respectivos; os bancos estão sendo condenados a pagar juros moratórios por estender os prazos para debates; há, com os recursos, o manifesto propósito de adiar o desfecho da demanda (procrastinação) etc.
3. NOVO CAPÍTULO. Em agosto último, acolhendo parecer da procuradoria-geral, o STF pretende definir o destino de todas as ações que tramitam no país com a matéria em foco, são mais de 550 mil demandas, determinando a suspensão dos processos nos diversos tribunais. Segundo as informações já divulgadas a suspensão dos recursos vai adiar a decisão até o próximo ano. A decisão de suspender as ações está calcada em pedidos feitos pelas maiores entidades bancárias do país. Vamos aguardar.
É dever do Poder Público prover ao cidadão serviço judicial eficiente, pois a Constituição que o legitima concede ao brasileiro livre e amplo acesso à Justiça.
Vem-nos à memória mais uma lição do valoroso Ruy Barbosa, falecido nos idos de 1924: “Não há efetividade processual se este se arrasta como as preguiças no mato sem qualquer efetividade ou necessidade.”
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Os Anjos
“No decorrer do caminho da nossa existência, por assim dizer, dois anjos acompanham os passos de cada um de nós. Um deles é luz, companheiro fiel, amigo infalível, promotor de tudo que nos aproxima de nosso Criador e Redentor. O outro anjo é trevas, rebelde a Deus, adversário de Deus, invejoso do homem, inimigo feroz de tudo o que nos favorece a construção do Reino de Deus em cada um de nós e no mundo. São realidades. Realidades que o próprio Deus revelou. São realidades que nos acompanham que nos seguem passo a passo. Uma tenebrosa nos desanima; a outra luminosa nos faz lembrar e exultar de uma alegria inefável. ’”
(Cf. DOMINIQUE MORIN, “Por falar de anjos”, Ed. 1994, Editora Loyola, trad. de SILVANA COBUCCI LEITE.)
1. O que são os anjos? Anjo, do latim “angelus” e do grego “aggélos”, “é o ser espiritual entre Deus e o homem. Os hebreus consideravam-no mensageiro de Deus, a quem davam hospitalidade em troca da posteridade.” (cf. Enciclopédia Ilustrada Universal, Ed. Mirador, 1970.
Segundo o Catecismo da Igreja Igreja Católica foram criados antes do homem, em estado de liberdade e de graça. Podiam escolher entre o bem e o mal. Por isso, existem anjos bons e anjos maus. A Sagrada Escritura fala desses mensageiros tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento. O anjo detém a mão de Abraão que ia sacrificar seu filho
por Deus. Após a queda de Adão e Eva, o Criador põe na entrada do Paraíso um anjo; a vinda do Messias é anunciada ao profeta Daniel por um anjo; no Jardim de Getsâmine um anjo consola Jesus; no Apocalipse, S. João fala da multidão de anjos que no céu louvam a Deus etc.
Sua natureza. Sabemos o que a Bíblia nos revela. Os anjos não têm a parte corpórea. São inteligentes, cada um com sua personalidade própria. “São olhos que vêem, mãos que tocam, corações que amam. Doença, cansaço, enfermidade e medo não têm sentido para eles.” (cf. Dominique Morin, idem p. 10/11).
Anjo. Verdade de Fé. A Igreja Católica nos ensina que “A existência dos seres espirituais (anjos) não corporais, é uma verdade de fé “. cf. Texto n.328, Catecismo da Igreja Católica.
Na definição de Santo Agostinho ‘Anjo = mensageiro é designação de encargo. Se perguntarem pelo encargo, é um anjo; se perguntarem pela designação de natureza é um espírito. É espírito por aquilo que é; é anjo por aquilo que faz.’
Segundo as lições do saudoso. piedoso e sábio D. Estevão Bettencout (1), os anjos sugerem uma figura misteriosa chamado de MAL’K JAHWEH,o enviado ou mensageiro do Senhor. Cita inúmeras passagens da Sagrada Escritura sobre o tema: Gn 18,29, Gn 21, 17 a 19, 22,ll: 31, 11 a 13; Ex 3, 2 – 6.
Pode ser ANJO PROTETOR – Gn 24.7 – “O Senhor mandará seu anjo diante de ti para que tomes uma mulher para seu filho.”Gn 48.7. “O anjo que me salvou de todo o mal, abençoe estas crianças.”
ANJO CORTESÃO – Tb 12.15 – “Eu sou Rafael um dos sete anjos que estão sempre presentes e têm acesso junto à glória de Deus.” 1Rs 22,19 – “Eu vi o Senhor no trono e todo o exército do céu (anjos) estava diante Dele.” 2 Sm 24, 16 sgs. – “O anjo estendeu a mão sobre Jerusalém para exterminar, mas o Senhor se arrependeu desse mal e disse: Basta!”]
D. Estevão também aponta que “O Senhor é o único a quem toca a iniciativa da obra que Ele realiza neste mundo com poder absoluto. Ele se serve de intermediário ,mas estes, os anjos, se relacionam com Ele de modo diverso do que ocorre nas mitologias. Os anjos são criaturas de Deus Uno e Trino.”
Os anjos bons e os anjos maus. O que dizer?
Os anjos foram criados por Deus em estado de liberdade e de graça, podendo, portanto, escolher entre o bem e o mal. Há, nos Textos Bíblicos e na Tradição da Igreja os anjos bons e os maus. Os bons são: Miguel, Gabriel e Rafael.
Miguel (= quem é como Deus) é apresentado como um grande príncipe da corte celeste, cf. Dn 10, 13; 12.1), o anjo protetor de cada povo , cf. Dn 10, 13 – 20.
Gabriel (= homem de Deus) que revela a Daniel os desígnios do Senhor, cf. Dn 8.16; 9, 21; no Alcorão Gabriel é tido como interlocutor de Maomé.
Rafael (= Deus cura) é enviado a Tobias para que ele cure o pai Tobite, em Tb 3, 17 e 12.15
Os anjos maus, vale dizer, os “adversários do homem”, aparecem por referência no Gênesis sob a
forma de serpente, um ser astuto e misterioso que faz o homem desobedecer as ordens divinas. Segundo os teólogos os anjos maus são: Satã (- adversário), Demônio (designação em geral de todos os anjos maus),Diabo ( caluniador ), Belzebu (príncipe dos demônios, Baal das moscas), Lúcifer (estrela brilhante, estrela Dalva), Azazel ( os hebreus acreditavam que habitava os desertos), e Asmodeu (aquele que faz perecer, desaparecer).
2. Coros Angelicais
A teologia procurou demonstrar a existência dos anjos contada na Sag. Escritura. Santo Tomás de Aquino (3) propôs que cada anoje é de uma espécie diferente. Não há dois anjos iguais entre si, já que não têm matéria de espécie única, cada um esgota sua espécie. A Bíblia ao mencionar grupos e categoias de anos, deu ensejo para que os estudiosos dividissem o coro dos anos em três hierarquias:
1a. Hierarquia - Os anjos que estão próximos a Deus- Serafins, Querubins e Tronos. Serafins – são a imagem mais perfeita do amor de Deus. Querubins – refletem a Sabedoria Divina.Tronos – compreendem os juízos e os julgamentos divinos. Suas atividades refletem a contemplação de Deus pelo amor, pela aceitação da verdade transmitida a todos nós.
2ª. Hierarquia - Dominações - Ocupam-se do governo, da administração das nações dos anjos.
Virtudes - Executam as ordens das Dominações. Potestades provêm a luta contra o mal.
3ª. Hierarquia = Principados – direcionam a sorte, os acontecimentos das nações. Arcanjos – comunicam as notícias importantes aos homens, protegem as pessoas que desempenham funções de relevo paraa glória de Deus (ex. o clero). Anjos – são os enviados de Deus que desempenham as funções de guardar e proteger o homem.
3. A devoção aos anjos
A Tradição da Igreja solicitava aos cristãos que o culto aos anjos õ fosse exagerada de maneira a evitar que se fizesse um culto pagão, isto é, culto daqueles que adoram vários deuses. Sabe-se que Orígenes (3), teólogo e exegeta que viveu em Alexandria e Tiro, entre 186 e 252 DC debateu-se com o filósofo pagão Celso (4) sobre esse assunto, afirmando na ocasião que os cristãos não adoram os anjos, mas lhes prestam a devida homenagem por serem criaturas de Deus. S. Justino (5), autor das “Apologias” da religião cristã, escreveu “Súplicas a favor dos cristãos”, obras que revelam os cultos antigos aos anjos, entidades espirituais.
Sabe-se também que em Constantinopla, séc. IV, havia 25 Igrejas dedicadas a S. Miguel Arcanjo. No séc. VIII foi criado o Centro do Mont Saint-Michel, na França, ao mesmo arcanjo. Em Roma, séc. IX, havia sete Oratórios dedicados a esse ente espiritual. A Regra de S. Bento (6) é uma oração proferida na Igreja afirmando que o Ofício Divino é celebrado na preseça dos Anjos.
S. Bernardo de Clarival (7) m. em 1150, uma das maiores figuras do cristianismo da Idade Média, e cujas idéias foram contrárias ao racionalismo de Abelardo, fundou a Abadia de Clarival, perto de Dijon, na França; muito estudioso, assim descreveu a atitude dos cristãos perante os anjos:
“A atitude é de reverência, reverência porque nos assistem, devoção porque nos querem bem, confiança porque nos guardam.”
No séc. XIII são elaboradas orações dirigidas aos anjos da guarda. No séc. XVI Lutero (8) e Calvino (9) não admitem o culto aos anjos. Surge Sto.Inácio de Loyola (10) que recomenda aos religiosos que imitem a pureza dos anjos. S. Francisco de Borgia (11) escreve o “Tratado e Prática da Devoção aos Anjos”. O Papa Paulo V (12), 1608, instituiu a Festa dos Anjos da Guarda para o Império Austríaco. Em 1670, O Papa Clemente X (12) estendeu essa manifestação a todas as Igrejas do ocidente. A Tradição e o Magistério da Igreja avalizam a existência dos anjos. Inúmeras são as orações ao Anjo da Guarda, aquele que nos acompanha e nos guarda por determinação de Deus. Escolhemos estas:
Anjo de Deus, que és meu fiel protetor, a cujos cuidados a bondade suprema me confiou, digna-te, durante este dia, de proteger-me, conduzir-me, governar-me. Amém.
São Miguel Arcanjo, com tua luz, ilumine-me; com tuas asas, protege-me; com tua espada, defende-me.
E a mais proferida até hoje em nossas orações:
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, governe, guarda e ilumine. Amém.
Lembramos, afinal, do Papa João Paulo (14) que observou: A Igreja confessa sua fé nos anjos da guarda, venerando-os na liturgia com uma festa particular e recomendando que se recorra à sua proteção com uma oração freqüente como a do ANJO DE DEUS. Disse ele ainda que: “Nosso desejo é que aumente a devoção aos anjos da guarda.”
4. E Satanás?
Como já dissemos em parágrafo anterior, há os que escolheram MAL eis que criados e dotados de estado de liberdade, isto é, com o direito de escolher entre o bem e o mal. Satanás ou o Maligno tem suas ações descritas na Sag.Escritura. Na parábola do joio e do trigo, MT l3, 38, o Maligno semeia o joio. “O joio é o filho do Maligno.” (joio = planta da família das gramíneas, de sementes tóxicas, comum nos prados e nas culturas, prejudicando o crescimento dos cereais. No sentido figurado – coisa de má qualidade, que se mistura às de boa qualidade, prejudicando-as).
A escritora Joan O’Grady lança luzes sobre esse tema tão obscuro e hermético ao declarar que:
“Como o ser humano não é um boneco e tem uma determinada liberdade de escolha, ele deve encerrar possibilidades para o mal, assim como possibilidades para o bem. Portanto, sem nenhuma dúvida, existem tendências para o mal dentro dos seres humanos, centralizados ao redor do apego ao falso ego. ... O Diabo ou Maligno é responsabilizado por ter trazido ao mundo a mentira que pode prejudicar todo o crescimento espiritual. Nesses ensinamentos, a mentira fundamental está contida em duas falsas crenças: a de que o quadro imaginário que criamos para nós mesmos é o nosso verdadeiro “eu”; a de que o nosso pequeno “ego”, nossa coleção de desejos e medos mutáveis, todos ativados por acontecimentos externos é o soberano de todo nosso ser, sendo permanente e livre... P mal ou o espírito do mal é a crença, ou melhor, a mentira de que nada somos além do nosso ego, e esta sensação do “eu” encontra-se no ponto em que o Diabo sempre nos assaltará, a menos que nos mantenhamos extremamente cuidadoso, sempre atentos e em oração ...”
(In Joan O’Grady, “Satã- Príncipe das Trevas”, Ed> Mercúrio, 1991, p. 174/175
O Satanás tenta o homem desde a criação, quando induziu Adão e Eva à desobediência. A entidade é perspicaz, inteligente, astuta. Levando em conta os dias que correm, vemos que o homem vem se desintegrando, com exceção, graças ao Senhor, moralmente. Sua conduta é reprovável, no mundo político e dos negócios são encontrados aqueles que tergiversam, adulam, enganam, seduzem, com o propósito de ter poder, ter riqueza material. O sexo livre, a concupiscência, o desapego à
família, a corrupção de menores, ingestão de drogas, tudo se credita à força de Satanás. Na verdade, temos de aceitar e conviver com a existência das coisas erradas, tanto dentro como fora de nós, mas que devem ser corrigidas.
É de todo necessário, entretanto, que façamos a nossa parte, socorrendo-nos dos ensinamentos religiosos e das recomendações de que devemos nos afastar das situações próximas ou remotas de sedução e do pecado. Devemos orar o CREDO, pedindo com fervor que “... não nos deixeis cair em tentação, mas livre-nos do mal..”
Valemo-nos ainda da dissertação de Joan O’Grady que nos afirma:
“Esse diabo só pode exercer sua persuasão por intermédio da mente e do coração de um individuo. A crença de que algum poder, estranhos a nós mesmos, seja responsável por tudo o que ocorre de mau parece ter sido, desde os dias mais primitivos, a uma ilusão espalhada pelo “pai das mentiras”... A força da persuasão que encoraja o mal pode ser compreendida como algo que vem de dentro dos seres humanos, ou de fora deles, como a personificação das tendências perniciosas que existem na natureza humana... O que de fato é certo é que as mentiras e falsas sugestões têm o poder de nos destruir, se permitirmos, sendo portanto elas, venham de onde vierem, que constituem o Inimigo Negro do nosso mundo. O inimigo dos tempos imemoriais e que tem sido chamado de o Príncipe das Trevas.”
(ibidem, Joan O’Grady, fls. 18/185)
5, O exorcismo.
Do gr. ‘”exorkismós”, do lat. “exorcismu”. Oração e cerimônia religiosa com que se esconjura demônio, espíritos maus na liturgia da Igreja. Segundo as disposições do Catecismo da Igreja Católica, temos: “Quando a Igreja exige publicamente e com autoridade, em nme de Jesus Cristo, que uma pessoa ou objeto seja protegido contra a influencia do maligno e subtraído seu domínio, fala-se de “exorcismo”. Jesus o praticou, é dele que a Igreja recebeu o poder e po encargo de exorcizar. (cf. MT l, 25 – 26). Sob a forma simples o exorcismo é praticado durante a celebração do Batismo . O exorcismo solene , chamado grande exorcismo, só pode ser praticado por um sacerdote, com a permissão do bispo. Nele é necessário proceder com prudência, observando estritamente as regras estabelecidas pela Igreja. O exorcismo visa expulsar os demônios ou livrar da influência demoníaca, e isto pela autoridade espiritual que Jesus confiou a sua Igreja. Bem diferente é o caso das doenças, sobretudo psíquicas, cujo tratamento depende da ciência médica. É importante, pois, verificar antes de celebrar o exorcismo se se trata de presença do maligno ou de uma doença.” O texto aqui reproduzido, de autoria de D. Estevão Bettencourt, nos doutrina de maneira cabal e definitiva o que se entende por exorcismo.
6. Satanismo.
Satanismo é o culto prestado a Satã por pessoas ou grupo de pessoas, pois, no entender dessas pessoas o espírito do mal é tido por ser alheio a Deus e que procura dar força ao homem nos seus desejos, no seu querer. Adoração ao culto a Satã: presentemente, existem inúmeras seitas pagãs nesse sentido. São encontradas nos Estados Unidos, a saber: “Chrch of Satan”, “Order of the Black”, “Werewof Order”, “Worlwide Church of Satanic Liberation”, “Church of war”, Na Itália temos: “Bambini de Satana”, “Chiesa di Satana di Filipo Scerba”, “Impero Satânico de lla lucce degli inferno”... Na Inglaterra existem: “Order of nine angels”, “Dark lily”. Nova Zelândia: a ordem “”Ordo Sinister Vivendi”. Os ritos praticados pelas seitas sob comento têm por finalidade venerar e evocar o maligno e seus seguidores esperam receber favores, mudar alguma situação, provocar a desgraça de alguém, beneficiar um outro individuo. Em geral, escolhem as horas noturnas para a prática, às vezes em cemitérios outras nas suas vizinhanças em igrejas desativadas; há, no mais das vezes, profanação de cadáveres, violência física a menores, práticas eróticas e homicídios em seus rituais. Presentemente, a seita mais em voga é a “Churck of Satan”, instituída em 1966 por Antonio Szandor La Vey, nascido Howard Staton Levey (1933-1997), em S. Francisco, EUA, tendo por símbolo o selo de Bafomé, retratando a cabeça de um bode, no interior de uma estrela de cinco pontas, dentro de um círculo e tendo em cada ponta cinco letras hebraicas.Szandor escreveu livros sobre a matéria, ditos “Satanic Bible”, “Complet Witch”, “The satanic ritual”, em latim, inglês, francês e alemão.Na descrição do rito instituído denominado Missa negra. Aqui nós nos valemos do Primeiro Mandamento de Deus que condena o politeísmo e exige que o homem não acredite em outros deuses.Não é assim admitida a idolatra.
“A idolatria não diz respeito somente aos falsos cultos do paganismo. Ela é uma tentação constante da fé. Consistem em divinizar o que não é Deus. Existe idolatra quando o homem presta honra e veneração a uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou demônios (p.ex. satanismo), de poder, de prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do dinheiro etc. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro, diz Jesus, MT 6 – 24....” Essa a lição dos ns. 2112/2113. do Catecismo da Igreja Católica.
7.Relação de Jesus com os Anjos
A vida terrena de Jesus tem a presença dos anjos em momentos significativos; assim, temos:
O arcanjo Gabriel dirige-se a Nazaré, na aldeia da Galiléia, e encontra uma virgem, prometida em casamento José, da casa de Davi; a virgem é chamada Maria e lhe diz: “Alegra-te cheia de graça. O Senhor está contigo. ... conceberás e darás à luz um filho, ao quão porás o nome de Jesus; ela será grande e será chamado Filho do Altíssimo, reinará eternamente sobre a casa de Israel e seu reino não terá fim...” kLc1, 27-33..
Maria ficou perturbada. É virgem, prometida a José. O arcanjo lhe assegura – “ O Espírito Sato virá sobre ti e o poder do Altíssimo te envolverá em sua sombra. Por isso aquele vai nascer será santo e será chamado Filho de Deus...” Lc l, 35-=36.
Um anjo aparece a José,que viu a gravidez de Maria e para dar-lhe tranqüilidade lhe diz: “José, filho de Davi, não tenhas medo de tomar Maria contigo, tua esposa, porque o que foi gerado nela vem do Espírito Santo...” MT l 20-21.
Um anjo também anunciou a Boa Nova para o povo: “Hoje nasceu para vós um Salvador ...e um exército celeste louvava a Deus, aclamado : Glória a Deus nas alturas dos céus e paz na terra aos homens por Ele amados...” Lc 2, 9 – 13.
Na fuga para o Egito também surge um anjo determinando que José tome o filho e a mulher e partam, pois “... Herodes vai procurar o menino para o matar..” Lc 2, 13-=15. Novamente aparece a José ordenando-lhe que voltem a Israel, pois “... morreram os que haviam tramado para acabar com a vida do menino...”, Lc 2,20.
Na agonia do Getsâmini, diz Jesus: “ai, se queres, afasta de mim este cálice... Jesus entra em agonia e reza mais intensamente... e apareceu m anjo que lhe confortaa..” Lc 22, 42 44.
Quando estava para ser capturado pelos soldados romanos, aparece-lhe um anjo para protegê-lo ainda que fazendo uso da força. Diz Jesus: “Embainha tua espada porque todos aqueles que usam a espada, pela espada morrerão...”
(Cf. DOMINIQUE MORIN, “Por falar de anjos”, Ed. 1994, Editora Loyola, trad. de SILVANA COBUCCI LEITE.)
1. O que são os anjos? Anjo, do latim “angelus” e do grego “aggélos”, “é o ser espiritual entre Deus e o homem. Os hebreus consideravam-no mensageiro de Deus, a quem davam hospitalidade em troca da posteridade.” (cf. Enciclopédia Ilustrada Universal, Ed. Mirador, 1970.
Segundo o Catecismo da Igreja Igreja Católica foram criados antes do homem, em estado de liberdade e de graça. Podiam escolher entre o bem e o mal. Por isso, existem anjos bons e anjos maus. A Sagrada Escritura fala desses mensageiros tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento. O anjo detém a mão de Abraão que ia sacrificar seu filho
por Deus. Após a queda de Adão e Eva, o Criador põe na entrada do Paraíso um anjo; a vinda do Messias é anunciada ao profeta Daniel por um anjo; no Jardim de Getsâmine um anjo consola Jesus; no Apocalipse, S. João fala da multidão de anjos que no céu louvam a Deus etc.
Sua natureza. Sabemos o que a Bíblia nos revela. Os anjos não têm a parte corpórea. São inteligentes, cada um com sua personalidade própria. “São olhos que vêem, mãos que tocam, corações que amam. Doença, cansaço, enfermidade e medo não têm sentido para eles.” (cf. Dominique Morin, idem p. 10/11).
Anjo. Verdade de Fé. A Igreja Católica nos ensina que “A existência dos seres espirituais (anjos) não corporais, é uma verdade de fé “. cf. Texto n.328, Catecismo da Igreja Católica.
Na definição de Santo Agostinho ‘Anjo = mensageiro é designação de encargo. Se perguntarem pelo encargo, é um anjo; se perguntarem pela designação de natureza é um espírito. É espírito por aquilo que é; é anjo por aquilo que faz.’
Segundo as lições do saudoso. piedoso e sábio D. Estevão Bettencout (1), os anjos sugerem uma figura misteriosa chamado de MAL’K JAHWEH,o enviado ou mensageiro do Senhor. Cita inúmeras passagens da Sagrada Escritura sobre o tema: Gn 18,29, Gn 21, 17 a 19, 22,ll: 31, 11 a 13; Ex 3, 2 – 6.
Pode ser ANJO PROTETOR – Gn 24.7 – “O Senhor mandará seu anjo diante de ti para que tomes uma mulher para seu filho.”Gn 48.7. “O anjo que me salvou de todo o mal, abençoe estas crianças.”
ANJO CORTESÃO – Tb 12.15 – “Eu sou Rafael um dos sete anjos que estão sempre presentes e têm acesso junto à glória de Deus.” 1Rs 22,19 – “Eu vi o Senhor no trono e todo o exército do céu (anjos) estava diante Dele.” 2 Sm 24, 16 sgs. – “O anjo estendeu a mão sobre Jerusalém para exterminar, mas o Senhor se arrependeu desse mal e disse: Basta!”]
D. Estevão também aponta que “O Senhor é o único a quem toca a iniciativa da obra que Ele realiza neste mundo com poder absoluto. Ele se serve de intermediário ,mas estes, os anjos, se relacionam com Ele de modo diverso do que ocorre nas mitologias. Os anjos são criaturas de Deus Uno e Trino.”
Os anjos bons e os anjos maus. O que dizer?
Os anjos foram criados por Deus em estado de liberdade e de graça, podendo, portanto, escolher entre o bem e o mal. Há, nos Textos Bíblicos e na Tradição da Igreja os anjos bons e os maus. Os bons são: Miguel, Gabriel e Rafael.
Miguel (= quem é como Deus) é apresentado como um grande príncipe da corte celeste, cf. Dn 10, 13; 12.1), o anjo protetor de cada povo , cf. Dn 10, 13 – 20.
Gabriel (= homem de Deus) que revela a Daniel os desígnios do Senhor, cf. Dn 8.16; 9, 21; no Alcorão Gabriel é tido como interlocutor de Maomé.
Rafael (= Deus cura) é enviado a Tobias para que ele cure o pai Tobite, em Tb 3, 17 e 12.15
Os anjos maus, vale dizer, os “adversários do homem”, aparecem por referência no Gênesis sob a
forma de serpente, um ser astuto e misterioso que faz o homem desobedecer as ordens divinas. Segundo os teólogos os anjos maus são: Satã (- adversário), Demônio (designação em geral de todos os anjos maus),Diabo ( caluniador ), Belzebu (príncipe dos demônios, Baal das moscas), Lúcifer (estrela brilhante, estrela Dalva), Azazel ( os hebreus acreditavam que habitava os desertos), e Asmodeu (aquele que faz perecer, desaparecer).
2. Coros Angelicais
A teologia procurou demonstrar a existência dos anjos contada na Sag. Escritura. Santo Tomás de Aquino (3) propôs que cada anoje é de uma espécie diferente. Não há dois anjos iguais entre si, já que não têm matéria de espécie única, cada um esgota sua espécie. A Bíblia ao mencionar grupos e categoias de anos, deu ensejo para que os estudiosos dividissem o coro dos anos em três hierarquias:
1a. Hierarquia - Os anjos que estão próximos a Deus- Serafins, Querubins e Tronos. Serafins – são a imagem mais perfeita do amor de Deus. Querubins – refletem a Sabedoria Divina.Tronos – compreendem os juízos e os julgamentos divinos. Suas atividades refletem a contemplação de Deus pelo amor, pela aceitação da verdade transmitida a todos nós.
2ª. Hierarquia - Dominações - Ocupam-se do governo, da administração das nações dos anjos.
Virtudes - Executam as ordens das Dominações. Potestades provêm a luta contra o mal.
3ª. Hierarquia = Principados – direcionam a sorte, os acontecimentos das nações. Arcanjos – comunicam as notícias importantes aos homens, protegem as pessoas que desempenham funções de relevo paraa glória de Deus (ex. o clero). Anjos – são os enviados de Deus que desempenham as funções de guardar e proteger o homem.
3. A devoção aos anjos
A Tradição da Igreja solicitava aos cristãos que o culto aos anjos õ fosse exagerada de maneira a evitar que se fizesse um culto pagão, isto é, culto daqueles que adoram vários deuses. Sabe-se que Orígenes (3), teólogo e exegeta que viveu em Alexandria e Tiro, entre 186 e 252 DC debateu-se com o filósofo pagão Celso (4) sobre esse assunto, afirmando na ocasião que os cristãos não adoram os anjos, mas lhes prestam a devida homenagem por serem criaturas de Deus. S. Justino (5), autor das “Apologias” da religião cristã, escreveu “Súplicas a favor dos cristãos”, obras que revelam os cultos antigos aos anjos, entidades espirituais.
Sabe-se também que em Constantinopla, séc. IV, havia 25 Igrejas dedicadas a S. Miguel Arcanjo. No séc. VIII foi criado o Centro do Mont Saint-Michel, na França, ao mesmo arcanjo. Em Roma, séc. IX, havia sete Oratórios dedicados a esse ente espiritual. A Regra de S. Bento (6) é uma oração proferida na Igreja afirmando que o Ofício Divino é celebrado na preseça dos Anjos.
S. Bernardo de Clarival (7) m. em 1150, uma das maiores figuras do cristianismo da Idade Média, e cujas idéias foram contrárias ao racionalismo de Abelardo, fundou a Abadia de Clarival, perto de Dijon, na França; muito estudioso, assim descreveu a atitude dos cristãos perante os anjos:
“A atitude é de reverência, reverência porque nos assistem, devoção porque nos querem bem, confiança porque nos guardam.”
No séc. XIII são elaboradas orações dirigidas aos anjos da guarda. No séc. XVI Lutero (8) e Calvino (9) não admitem o culto aos anjos. Surge Sto.Inácio de Loyola (10) que recomenda aos religiosos que imitem a pureza dos anjos. S. Francisco de Borgia (11) escreve o “Tratado e Prática da Devoção aos Anjos”. O Papa Paulo V (12), 1608, instituiu a Festa dos Anjos da Guarda para o Império Austríaco. Em 1670, O Papa Clemente X (12) estendeu essa manifestação a todas as Igrejas do ocidente. A Tradição e o Magistério da Igreja avalizam a existência dos anjos. Inúmeras são as orações ao Anjo da Guarda, aquele que nos acompanha e nos guarda por determinação de Deus. Escolhemos estas:
Anjo de Deus, que és meu fiel protetor, a cujos cuidados a bondade suprema me confiou, digna-te, durante este dia, de proteger-me, conduzir-me, governar-me. Amém.
São Miguel Arcanjo, com tua luz, ilumine-me; com tuas asas, protege-me; com tua espada, defende-me.
E a mais proferida até hoje em nossas orações:
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, governe, guarda e ilumine. Amém.
Lembramos, afinal, do Papa João Paulo (14) que observou: A Igreja confessa sua fé nos anjos da guarda, venerando-os na liturgia com uma festa particular e recomendando que se recorra à sua proteção com uma oração freqüente como a do ANJO DE DEUS. Disse ele ainda que: “Nosso desejo é que aumente a devoção aos anjos da guarda.”
4. E Satanás?
Como já dissemos em parágrafo anterior, há os que escolheram MAL eis que criados e dotados de estado de liberdade, isto é, com o direito de escolher entre o bem e o mal. Satanás ou o Maligno tem suas ações descritas na Sag.Escritura. Na parábola do joio e do trigo, MT l3, 38, o Maligno semeia o joio. “O joio é o filho do Maligno.” (joio = planta da família das gramíneas, de sementes tóxicas, comum nos prados e nas culturas, prejudicando o crescimento dos cereais. No sentido figurado – coisa de má qualidade, que se mistura às de boa qualidade, prejudicando-as).
A escritora Joan O’Grady lança luzes sobre esse tema tão obscuro e hermético ao declarar que:
“Como o ser humano não é um boneco e tem uma determinada liberdade de escolha, ele deve encerrar possibilidades para o mal, assim como possibilidades para o bem. Portanto, sem nenhuma dúvida, existem tendências para o mal dentro dos seres humanos, centralizados ao redor do apego ao falso ego. ... O Diabo ou Maligno é responsabilizado por ter trazido ao mundo a mentira que pode prejudicar todo o crescimento espiritual. Nesses ensinamentos, a mentira fundamental está contida em duas falsas crenças: a de que o quadro imaginário que criamos para nós mesmos é o nosso verdadeiro “eu”; a de que o nosso pequeno “ego”, nossa coleção de desejos e medos mutáveis, todos ativados por acontecimentos externos é o soberano de todo nosso ser, sendo permanente e livre... P mal ou o espírito do mal é a crença, ou melhor, a mentira de que nada somos além do nosso ego, e esta sensação do “eu” encontra-se no ponto em que o Diabo sempre nos assaltará, a menos que nos mantenhamos extremamente cuidadoso, sempre atentos e em oração ...”
(In Joan O’Grady, “Satã- Príncipe das Trevas”, Ed> Mercúrio, 1991, p. 174/175
O Satanás tenta o homem desde a criação, quando induziu Adão e Eva à desobediência. A entidade é perspicaz, inteligente, astuta. Levando em conta os dias que correm, vemos que o homem vem se desintegrando, com exceção, graças ao Senhor, moralmente. Sua conduta é reprovável, no mundo político e dos negócios são encontrados aqueles que tergiversam, adulam, enganam, seduzem, com o propósito de ter poder, ter riqueza material. O sexo livre, a concupiscência, o desapego à
família, a corrupção de menores, ingestão de drogas, tudo se credita à força de Satanás. Na verdade, temos de aceitar e conviver com a existência das coisas erradas, tanto dentro como fora de nós, mas que devem ser corrigidas.
É de todo necessário, entretanto, que façamos a nossa parte, socorrendo-nos dos ensinamentos religiosos e das recomendações de que devemos nos afastar das situações próximas ou remotas de sedução e do pecado. Devemos orar o CREDO, pedindo com fervor que “... não nos deixeis cair em tentação, mas livre-nos do mal..”
Valemo-nos ainda da dissertação de Joan O’Grady que nos afirma:
“Esse diabo só pode exercer sua persuasão por intermédio da mente e do coração de um individuo. A crença de que algum poder, estranhos a nós mesmos, seja responsável por tudo o que ocorre de mau parece ter sido, desde os dias mais primitivos, a uma ilusão espalhada pelo “pai das mentiras”... A força da persuasão que encoraja o mal pode ser compreendida como algo que vem de dentro dos seres humanos, ou de fora deles, como a personificação das tendências perniciosas que existem na natureza humana... O que de fato é certo é que as mentiras e falsas sugestões têm o poder de nos destruir, se permitirmos, sendo portanto elas, venham de onde vierem, que constituem o Inimigo Negro do nosso mundo. O inimigo dos tempos imemoriais e que tem sido chamado de o Príncipe das Trevas.”
(ibidem, Joan O’Grady, fls. 18/185)
5, O exorcismo.
Do gr. ‘”exorkismós”, do lat. “exorcismu”. Oração e cerimônia religiosa com que se esconjura demônio, espíritos maus na liturgia da Igreja. Segundo as disposições do Catecismo da Igreja Católica, temos: “Quando a Igreja exige publicamente e com autoridade, em nme de Jesus Cristo, que uma pessoa ou objeto seja protegido contra a influencia do maligno e subtraído seu domínio, fala-se de “exorcismo”. Jesus o praticou, é dele que a Igreja recebeu o poder e po encargo de exorcizar. (cf. MT l, 25 – 26). Sob a forma simples o exorcismo é praticado durante a celebração do Batismo . O exorcismo solene , chamado grande exorcismo, só pode ser praticado por um sacerdote, com a permissão do bispo. Nele é necessário proceder com prudência, observando estritamente as regras estabelecidas pela Igreja. O exorcismo visa expulsar os demônios ou livrar da influência demoníaca, e isto pela autoridade espiritual que Jesus confiou a sua Igreja. Bem diferente é o caso das doenças, sobretudo psíquicas, cujo tratamento depende da ciência médica. É importante, pois, verificar antes de celebrar o exorcismo se se trata de presença do maligno ou de uma doença.” O texto aqui reproduzido, de autoria de D. Estevão Bettencourt, nos doutrina de maneira cabal e definitiva o que se entende por exorcismo.
6. Satanismo.
Satanismo é o culto prestado a Satã por pessoas ou grupo de pessoas, pois, no entender dessas pessoas o espírito do mal é tido por ser alheio a Deus e que procura dar força ao homem nos seus desejos, no seu querer. Adoração ao culto a Satã: presentemente, existem inúmeras seitas pagãs nesse sentido. São encontradas nos Estados Unidos, a saber: “Chrch of Satan”, “Order of the Black”, “Werewof Order”, “Worlwide Church of Satanic Liberation”, “Church of war”, Na Itália temos: “Bambini de Satana”, “Chiesa di Satana di Filipo Scerba”, “Impero Satânico de lla lucce degli inferno”... Na Inglaterra existem: “Order of nine angels”, “Dark lily”. Nova Zelândia: a ordem “”Ordo Sinister Vivendi”. Os ritos praticados pelas seitas sob comento têm por finalidade venerar e evocar o maligno e seus seguidores esperam receber favores, mudar alguma situação, provocar a desgraça de alguém, beneficiar um outro individuo. Em geral, escolhem as horas noturnas para a prática, às vezes em cemitérios outras nas suas vizinhanças em igrejas desativadas; há, no mais das vezes, profanação de cadáveres, violência física a menores, práticas eróticas e homicídios em seus rituais. Presentemente, a seita mais em voga é a “Churck of Satan”, instituída em 1966 por Antonio Szandor La Vey, nascido Howard Staton Levey (1933-1997), em S. Francisco, EUA, tendo por símbolo o selo de Bafomé, retratando a cabeça de um bode, no interior de uma estrela de cinco pontas, dentro de um círculo e tendo em cada ponta cinco letras hebraicas.Szandor escreveu livros sobre a matéria, ditos “Satanic Bible”, “Complet Witch”, “The satanic ritual”, em latim, inglês, francês e alemão.Na descrição do rito instituído denominado Missa negra. Aqui nós nos valemos do Primeiro Mandamento de Deus que condena o politeísmo e exige que o homem não acredite em outros deuses.Não é assim admitida a idolatra.
“A idolatria não diz respeito somente aos falsos cultos do paganismo. Ela é uma tentação constante da fé. Consistem em divinizar o que não é Deus. Existe idolatra quando o homem presta honra e veneração a uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou demônios (p.ex. satanismo), de poder, de prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do dinheiro etc. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro, diz Jesus, MT 6 – 24....” Essa a lição dos ns. 2112/2113. do Catecismo da Igreja Católica.
7.Relação de Jesus com os Anjos
A vida terrena de Jesus tem a presença dos anjos em momentos significativos; assim, temos:
O arcanjo Gabriel dirige-se a Nazaré, na aldeia da Galiléia, e encontra uma virgem, prometida em casamento José, da casa de Davi; a virgem é chamada Maria e lhe diz: “Alegra-te cheia de graça. O Senhor está contigo. ... conceberás e darás à luz um filho, ao quão porás o nome de Jesus; ela será grande e será chamado Filho do Altíssimo, reinará eternamente sobre a casa de Israel e seu reino não terá fim...” kLc1, 27-33..
Maria ficou perturbada. É virgem, prometida a José. O arcanjo lhe assegura – “ O Espírito Sato virá sobre ti e o poder do Altíssimo te envolverá em sua sombra. Por isso aquele vai nascer será santo e será chamado Filho de Deus...” Lc l, 35-=36.
Um anjo aparece a José,que viu a gravidez de Maria e para dar-lhe tranqüilidade lhe diz: “José, filho de Davi, não tenhas medo de tomar Maria contigo, tua esposa, porque o que foi gerado nela vem do Espírito Santo...” MT l 20-21.
Um anjo também anunciou a Boa Nova para o povo: “Hoje nasceu para vós um Salvador ...e um exército celeste louvava a Deus, aclamado : Glória a Deus nas alturas dos céus e paz na terra aos homens por Ele amados...” Lc 2, 9 – 13.
Na fuga para o Egito também surge um anjo determinando que José tome o filho e a mulher e partam, pois “... Herodes vai procurar o menino para o matar..” Lc 2, 13-=15. Novamente aparece a José ordenando-lhe que voltem a Israel, pois “... morreram os que haviam tramado para acabar com a vida do menino...”, Lc 2,20.
Na agonia do Getsâmini, diz Jesus: “ai, se queres, afasta de mim este cálice... Jesus entra em agonia e reza mais intensamente... e apareceu m anjo que lhe confortaa..” Lc 22, 42 44.
Quando estava para ser capturado pelos soldados romanos, aparece-lhe um anjo para protegê-lo ainda que fazendo uso da força. Diz Jesus: “Embainha tua espada porque todos aqueles que usam a espada, pela espada morrerão...”
quarta-feira, 2 de junho de 2010
VAIDADE E GANÃNCIA
Padre Antonio Vieira, nascido em 6.2.1608, em Lisboa e falecido em 18.7.1697, em Salvador, Bahia, foi um gigante da oratória sacra, gênio literário, autor de textos filosóficos, com conselhos éticos, morais e religiosos; defensor da nossa população indígena e insistente na libertação dos escravos; foi também diplomata no reinado de D. João IV, com atividades em Roma e Espanha; contrário a invasão dos holandeses no Brasil, dentre outros desafios. É dele o alerta:
“Todos temos dentro de nós, agindo com maior ou menor intensidade, dois demônios: a vaidade e a ganância! É necessário combatê-los!”
Com efeito, a vaidade subtrai o bom senso e nos faz nos afastar do que é correto e salutar.
A ganância é o sentimento, a vontade do homem de possuir somente para si tudo aquilo que existe. Isso sempre fez parte da existência humana nos tempos idos, como nos relatam a História Antiga e os Textos Bíblicos.
Pois é. Mas a vaidade e a ganância são realidades abusivas e até irreprimíveis nos dias que correm. Verificamos suas práticas e seus efeitos diariamente, com raras e louváveis exceções, a começar nas nossas relações mais estreitas, passando para aqueles que administram as atividades comerciais, industriais, financeiras, sociais, meios de comunicação, administração do bem público e tudo o mais do nosso mundo globalizado. As notícias aí estão e não nos deixam mentir.
A cultura moderna incentiva a vaidade, obrigando o homem a se tornar brilhante, poderoso, conquistador. Fica embriagado pelo poder, renega seus sentimentos límpidos e suas virtudes. Não pode haver fracassos com atitude pessoal narcisista, hedonista. Fica voltado para si mesmo esquecendo-se dos seus semelhantes.
A ganância agasalha a vontade irreprimível pela riqueza material, pelo dinheiro e tudo aquilo que ele pode comprar. Associa-se às mais diversas formas de poder, influencia as pessoas, chegando ao cúmulo da formação de quadrilhas, de complôs, de assembléias dispostas a corromper os menos avisados, manipulando e enganando, atingindo o extremo de tirar a dignidade e até a vida dos que enfrentam os gananciosos.
Seu combate é diário. É necessária a reflexão pessoal, deixar de lado as relações hostis, pensar e praticar a solidariedade, não se sucumbir às falácias e às falsas realidades externas. Não ser vulnerável à corrupção dos títulos, às falsas homenagens, as adulações e às riquezas. É uma resistência moral e instintiva de todos e de cada um de nós.
“Todos temos dentro de nós, agindo com maior ou menor intensidade, dois demônios: a vaidade e a ganância! É necessário combatê-los!”
Com efeito, a vaidade subtrai o bom senso e nos faz nos afastar do que é correto e salutar.
A ganância é o sentimento, a vontade do homem de possuir somente para si tudo aquilo que existe. Isso sempre fez parte da existência humana nos tempos idos, como nos relatam a História Antiga e os Textos Bíblicos.
Pois é. Mas a vaidade e a ganância são realidades abusivas e até irreprimíveis nos dias que correm. Verificamos suas práticas e seus efeitos diariamente, com raras e louváveis exceções, a começar nas nossas relações mais estreitas, passando para aqueles que administram as atividades comerciais, industriais, financeiras, sociais, meios de comunicação, administração do bem público e tudo o mais do nosso mundo globalizado. As notícias aí estão e não nos deixam mentir.
A cultura moderna incentiva a vaidade, obrigando o homem a se tornar brilhante, poderoso, conquistador. Fica embriagado pelo poder, renega seus sentimentos límpidos e suas virtudes. Não pode haver fracassos com atitude pessoal narcisista, hedonista. Fica voltado para si mesmo esquecendo-se dos seus semelhantes.
A ganância agasalha a vontade irreprimível pela riqueza material, pelo dinheiro e tudo aquilo que ele pode comprar. Associa-se às mais diversas formas de poder, influencia as pessoas, chegando ao cúmulo da formação de quadrilhas, de complôs, de assembléias dispostas a corromper os menos avisados, manipulando e enganando, atingindo o extremo de tirar a dignidade e até a vida dos que enfrentam os gananciosos.
Seu combate é diário. É necessária a reflexão pessoal, deixar de lado as relações hostis, pensar e praticar a solidariedade, não se sucumbir às falácias e às falsas realidades externas. Não ser vulnerável à corrupção dos títulos, às falsas homenagens, as adulações e às riquezas. É uma resistência moral e instintiva de todos e de cada um de nós.
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segunda-feira, 19 de abril de 2010
A COMUNICAÇÃO: UM BEM PÚBLICO
O desenvolvimento dos meios de comunicação e sua relevância e dimensão social de que dispomos no momento , demonstram outra perspectiva , uma dimensão racional e positiva entre povos, nações e comunidades. As edições dos jornais diários escritos e falados, as imagens da tv, a comunicação através dos aparelhos eletrônicos de computação, telefones celulares tendem a tornar uma sociedade mais justa, informada e solidária.
A liberdade da imprensa, recentemente reafirmada em nosso país com o projeto do dep. Miro Teixeira, que alterou de maneira substancial a Lei de Imprensa, como bem informou a Voz de São João em seu editorial do número passado, “A Lei da Mordaça”, demonstra que os meios de comunicação são essenciais e admiráveis.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, editada na ONU, em seu artigo 19 , estabelece que: “Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração das fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.”
Todavia, esse modo massivo de transmitir noticias nem sempre se propõe a trazer paz e justiça para tantos e quantos assistem as comunicações, as propagandas, as noticias e dramatizações da vida atual. Estamos vivendo uma época neurótica, traumatizante, na qual a violência e a falta de respeito pelo ser humano são a tônica diária da comunicação e das nossas relações individuais e comunitárias. Essa atitude atenua o homem e a mulher, tornando normal os acontecimentos, e muitos dão “graças a Deus” por não ser humilhado, traído, decepcionado, ferido e ou até por estar vivo.
O poder dos grandes conglomerados da comunicação, a globalização e o profissionalismo sem fronteiras da mídia trazem quotidianamente desafios para o aspecto social e moral da comunicação no seu todo.
O historiador, estudioso e editor do jornal “Washington Post”, refletindo sobre a comunicação e o o homem de hoje revela:
“Não há nada na história que se possa comparar ao poder desse conglomerado empresarial para penetrar no panorama social. Mediante o uso de velhas e novas tecnologias, através do intercâmbio de ações, alianças e projetos conjuntos e outras formas de cooperação, esse punhado de gigantes da comunicação criou o que de fato não é outra coisa que um novo cartel ... Não está em jogo apenas uma estatística financeira .. O que está em jogo é a posse do poder para envolver todo homem , mulher ou criança com imagens e palavras controladas... Esse poder supõe a capacidade de influenciar todos em muitos aspectos, e é maior que o das escolas, das religiões e do próprio governo...”
Esse monopólio até antiético dos meios de comunicação poderia ser do bem comum, mas em muitos aspectos deturpam seu ponto fundamental. O que nos é servido diariamente pelos meios de comunicação embaçam nossas idéias chegando a impossibilitar que mentalizemos o que é favorável ou não para nossos olhos e para os dos nossos filhos.
Como nos esclarece Attilio Hartmann, jornalista, doutor em Comunicação, vice-presidente da OCLACC, Organização Católica Latinoamericana e Caribenha de Comunicação e jesuíta:
“Uma reversão urgente e necessária para a criação de uma nova ordem comunicativa na qual as mídias, os processos e as políticas de comunicação estejam, realmente, a serviço do bem público e as pessoas encontrem também no espaço das comunicações razões e força para um sentido maior do seu existir.”
Para maiores informações: Hartmann, Attilio, “Espaço da festa, espaço de Deus”, Ed. Paulinas, 1987; Puntel, Joana T., “ Igreja e a democratização do comunicação”, Paulinas, 1994; Arthur, Chris, “A globalização das comunicações: algumas mplicaçõe. “, São Leopoldo, RS, Sinodal, ed. 2000.
A fé cristã
A fé cristã é a adesão incondicional e individual do homem a Deus. As verdades reveladas por Ele estão expostas nos Textos Bíblicos e sua interpretação é abundante na Tradição da Santa Igreja, com o pronunciamento dos Santos Doutores da Igreja, do magistério dos nossos Pontífices e de tantos santos e santas cuja existência nos traz a elevação espiritual de cada um de nós e contribui para o crescimento do Reino de Deus
Santo Agostinho, por exemplo, nos encaminha para o estudo da Bíblia ao declarar que “é tão grande o poder e a eficácia encerrados na Palavra de Deus , que ela constitui sustentáculo e vigor parra a Igreja, e, para seus filhos, firmeza da fé, alimentando a alma, pura e perene fonte da vida espiritual.” (Cf. “Questões do Heptateuco”, estudo dos primeiros sete livros do Antigo Testamento).
Por sua vez Santo Tomás de Aquino, célebre teólogo da Idade Média com pronunciamentos inigualáveis sobre a Verdade, a Razão e a Fé, comemorado no Calendário Católico em 28 do mês de janeiro, nos ensina que a fé é uma graça de Deus e crer é um ato autenticamente humano e que não contraria a liberdade e a inteligência confiar em Deus e aderir às verdades por Ele reveladas. Portanto, com a fé, a razão humana coopera com a graça infundida pelo Criador. Santo Tomás esclarece que “Crer é um ato de inteligência que assente à verdade divina a mando da vontade movida por Deus através da graça.” (Suma Teológica, II, II, 2 – 9).
Note-se também que o homem para ter fé, ele acredita e responde aos Deus da Vida, crendo por livre vontade. O ato de fé é assim voluntário e pessoal.
Como a fé é um dom gratuito concedido a nós por Deus, também, em razão do nosso comportamento comumente falho, podemos perdê-lo, cabendo a cada um de nós perseverar até o fim na fé e pedir que Deus a aumente, como esclarecem São Lucas, l7, 5 e São Marcos, 9, 24.
Por derradeiro, a fé nos antecipa a alegria de vermos Deus “face a face”, sendo, em conseqüência, o inicio, o preâmbulo da Vida eterna.
Como nos proclama São Paulo, “ fé é a substância (fundamento) das coisas que se esperam e um argumento (prova) das coisas que não aparecem ...” (Hebreus, 11.1). Foi o argumento do apóstolo aos hebreus que se sentiam desorientados e desanimados pelas perseguições e insultos de que eram alvos quando do exílio que lhes foi imposto em Jerusalém.
Assim, pedimos aos fiéis que se apóiem na fé, a primeira das virtudes teologais (fé, esperança, caridade) para que tenhamos disposição e alegria na execução dos nossos serviços à comunidade de que fazemos parte, com espírito fraterno, procurando a paz e a harmonia entre todos.
Santo Agostinho, por exemplo, nos encaminha para o estudo da Bíblia ao declarar que “é tão grande o poder e a eficácia encerrados na Palavra de Deus , que ela constitui sustentáculo e vigor parra a Igreja, e, para seus filhos, firmeza da fé, alimentando a alma, pura e perene fonte da vida espiritual.” (Cf. “Questões do Heptateuco”, estudo dos primeiros sete livros do Antigo Testamento).
Por sua vez Santo Tomás de Aquino, célebre teólogo da Idade Média com pronunciamentos inigualáveis sobre a Verdade, a Razão e a Fé, comemorado no Calendário Católico em 28 do mês de janeiro, nos ensina que a fé é uma graça de Deus e crer é um ato autenticamente humano e que não contraria a liberdade e a inteligência confiar em Deus e aderir às verdades por Ele reveladas. Portanto, com a fé, a razão humana coopera com a graça infundida pelo Criador. Santo Tomás esclarece que “Crer é um ato de inteligência que assente à verdade divina a mando da vontade movida por Deus através da graça.” (Suma Teológica, II, II, 2 – 9).
Note-se também que o homem para ter fé, ele acredita e responde aos Deus da Vida, crendo por livre vontade. O ato de fé é assim voluntário e pessoal.
Como a fé é um dom gratuito concedido a nós por Deus, também, em razão do nosso comportamento comumente falho, podemos perdê-lo, cabendo a cada um de nós perseverar até o fim na fé e pedir que Deus a aumente, como esclarecem São Lucas, l7, 5 e São Marcos, 9, 24.
Por derradeiro, a fé nos antecipa a alegria de vermos Deus “face a face”, sendo, em conseqüência, o inicio, o preâmbulo da Vida eterna.
Como nos proclama São Paulo, “ fé é a substância (fundamento) das coisas que se esperam e um argumento (prova) das coisas que não aparecem ...” (Hebreus, 11.1). Foi o argumento do apóstolo aos hebreus que se sentiam desorientados e desanimados pelas perseguições e insultos de que eram alvos quando do exílio que lhes foi imposto em Jerusalém.
Assim, pedimos aos fiéis que se apóiem na fé, a primeira das virtudes teologais (fé, esperança, caridade) para que tenhamos disposição e alegria na execução dos nossos serviços à comunidade de que fazemos parte, com espírito fraterno, procurando a paz e a harmonia entre todos.
domingo, 28 de março de 2010
MARIANELLA GARCIA VILLAS – SUAS IDÉIAS, SEUS IDEAIS, SEU SACRIFICIO
A história está repleta de personagens que tiveram a alegria de viver, lutando pelas suas idéias e ideais, e até sacrificando suas vidas por tudo aquilo que achavam corretos. Nossa vida, no entanto, não se manifesta apenas em confrontos, discussões e lutas.
O bom viver também se manifesta nas “pequenas coisas”, às vezes não percebidas pela comunidade, como ter e manter uma boa família, manter seus amigos, trabalhar com afinco e responsabilidade, ter seu lazer com aqueles que lhe são queridos, ser caridoso e atencioso etc.
Assim se manifestava Marianella Garcia Villas, uma advogada nascida em El Salvador, em 1948, que se dedicou à proteção de seus conterrâneos, fundou uma Associação dos Direitos Humanos, participou dos trabalhos de Dom Oscar Romero, também martirizado pelos seis ideais, e por fim adotou atitudes para coibir os abusos e desumanidades flagrantes que o governo despótico salvadorenho infligia aos habitantes. Passou a investigar a morte, desaparecimento e tortura de seus conterrâneos, acarretando para si à ira do governo sendo presa e também dada como desaparecida em 1983. Deixou uma carta escrita em 1980 que demonstra o que a movia nas suas atitudes e trabalhos:
“Eu luto pela vida. Um trabalho real que vale a pena. Não tenho nenhum desejo de morrer e de suas conseqüências que a vejo agora como algo natural. Todos nós devemos morrer um dia, mas a morte sempre virá cedo demais para o homem ou a mulher que tem uma intensa sede de viver. Cada minuto que passa tem um significado, uma profundidade maior do que qualquer outra coisa, mesmo que pareça comum e rotineiro. Cada rajada de vento, cada canto da cigarra, cada revoada de pombas é como um poema. Sei que os trabalhos pela justiça sempre terão o direito a seu lado e receberão a ajuda de Deus; estes irão prevalecer e a verdade resplandecerá.
“É melhor ser rico de espírito do que de bens materiais.” ]
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TIRADENTES – HERÓI DA LIBERDADE, DA INCONFIDÊNCIA, SUA REALIDADE
No dia 2l de abril comemoramos 218 anos da morte de Tiradentes, uma das alcunhas do alferes Joaquim José da Silva Xavier. Executado no antigo largo da Lampadosa, atual Praça Tiradentes, Rio de Janeiro. Está com a barba e o cabelo raspados, veste um camisolão de pano branco grosseiro, traz um crucifixo nas mãos atadas; vem num cortejo da atual praça XV acompanhado da multidão, sobe o cadafalso e é enforcado segundo a sentença de Maria I, a rainha portuguesa que decretou: ”... conduzido em via pública, ao lugar da forca para morte natural (!) e bem seja cortada a cabeça para exposição em Vila Rica, em lugar público... e o corpo dividido em quatro partes espalhado em postes no Caminho de Minas até que o tempo o consuma...”
Nos bancos escolares é apresentado como herói da Inconfidência Mineira, sem, no entanto, esmiuçar o currículo do mineiro também conhecido como “Corta-vento”, “Liberdade” e o médico e dentista “Tiradentes”.
Nasceu em 1746, na Fazenda do Pombal, nas cercanias de S. João Del Rei do Rio das Mortes, hoje município de Tiradentes; ficou órfão aos 12 anos e trabalhou nas terras herdadas com seus irmãos como lavrador; a partir dos 20 anos passou a exercer a função de dentista, daí sua alcunha, oficio aprendido com seu padrinho; foi tropeiro de mulas, no Caminho Novo, sertão mineiro; trafegou até o Rio de Janeiro e Bahia. Sua remuneração era escassa, vivendo com dificuldades. Nessa ocasião foi detido pelas autoridades pela primeira vez, por defender um escravo. Labutou também como minerador e medico até alistar-se como alferes (= subtenente), no Regimento de Cavalaria de Minas Gerais, onde comandou por diversas vezes destacamentos em perigosas missões para enfrentar os ladrões de ouro, diamantes e produtos da pecuária e agricultura, que grassavam na região. Não foi reconhecido pelos seus superiores, por preconceito, inveja, com humilhações, até mesmo pelo comandante da guarda Luiz da Cunha Menezes; era sua “pedra de tropeço”, que todos nós deparamos na nossa existência. “Pelos caminhos do mundo nenhum destino se perde, há um grande sonho dos homens e a surda força dos vermes.”
Tiradentes também apresentou projetos para canalização do rio Maracanã, Rio de Janeiro, com construção de córregos, tanques, construção de trapiches, do cais para as barcas Niterói-Rio, sem o devido apoio das autoridades de então, mas que anos depois foram projetos aceitos, executados e até hoje utilizados diariamente pela população carioca.
Com a queda da produção mineral a Coroa Portuguesa passou a exigir mais dos mineradores, aumentando os tributos até mesmo sobre a produção pecuária e da lavoura.
Nessa época Tiradentes, após suas leituras e entendimentos com seus parceiros, passou a se influenciar com o desfecho da Revolução Francesa, com as idéias de Thomas Jefferson, com as lições dos iluministas Rousseau, Voltaire, Loche, Montesquieu, passando a reunir-se com outros mineiros também insatisfeitos com a administração portuguesa sufocante e que projetavam a nova República de Minas: Tomas Antonio Gonzaga, Alvarenga Peixoto, José Joaquim Maria, Domingos Barbosa, Cláudio Manoel da Costa, Francisco Paula Freire e outros. Foi criada a bandeira com a inscrição “libertas quae será tamen”, extraída da 4ª.Égloga( = poesia recitada em diálogo), de autoria de Virgilio, celebre poeta latino falecido em 19 a.C. “Liberdade ainda que tardia”.
Esboçaram os planos e diretrizes da república brasileira e propuseram a revolta para o dia da “derrama”, uma cobrança exorbitante e forçada de 538 arrobas de ouro, com confisco dos bens, executada pelo governador Luis Antonio Furtado de Mendonça, Visconde de Barbacena; todavia, no meio dos revoltosos surgiram os traidores o coronel Joaquim Silvério dos Reis , Inácio Pamplona e Basílio Brito Malheiros, que, com a promessa de isenção da quota da “derrama” e perdão das suas dívidas, denunciaram toda a trama.
Foram presos 28 réus, alguns sentenciados com o exílio e condenação de morte; as penas foram comutadas, restando o enforcamento de Tiradentes.
Mas a história nos ensina. 30 anos depois, D. Pedro I, herdeiro da família real, proclama a independência do Brasil, concretizando parcialmente os propósitos do alferes, dentista, médico, agricultor, minerador, tropeiro, projetista, herói de Minas, Patrono cívico do Brasil etc.
Recordamos-nos de Cecília Meirelles que nos informa:
”Liberdade – essa palavra que não há ninguém que explique e ninguém que não a entenda!”
Bibliografia:
Cecília Meirelles – “Romanceiro da Inconfidência”, Edit. Aguilar, 1994.
Fundação Cultural Chico Boticário, Rio Novo, edição ano 1, n. 1.
Júlio J. Chiavenatto, “As várias faces da Inconfidência Mineira”, 1989.
Nos bancos escolares é apresentado como herói da Inconfidência Mineira, sem, no entanto, esmiuçar o currículo do mineiro também conhecido como “Corta-vento”, “Liberdade” e o médico e dentista “Tiradentes”.
Nasceu em 1746, na Fazenda do Pombal, nas cercanias de S. João Del Rei do Rio das Mortes, hoje município de Tiradentes; ficou órfão aos 12 anos e trabalhou nas terras herdadas com seus irmãos como lavrador; a partir dos 20 anos passou a exercer a função de dentista, daí sua alcunha, oficio aprendido com seu padrinho; foi tropeiro de mulas, no Caminho Novo, sertão mineiro; trafegou até o Rio de Janeiro e Bahia. Sua remuneração era escassa, vivendo com dificuldades. Nessa ocasião foi detido pelas autoridades pela primeira vez, por defender um escravo. Labutou também como minerador e medico até alistar-se como alferes (= subtenente), no Regimento de Cavalaria de Minas Gerais, onde comandou por diversas vezes destacamentos em perigosas missões para enfrentar os ladrões de ouro, diamantes e produtos da pecuária e agricultura, que grassavam na região. Não foi reconhecido pelos seus superiores, por preconceito, inveja, com humilhações, até mesmo pelo comandante da guarda Luiz da Cunha Menezes; era sua “pedra de tropeço”, que todos nós deparamos na nossa existência. “Pelos caminhos do mundo nenhum destino se perde, há um grande sonho dos homens e a surda força dos vermes.”
Tiradentes também apresentou projetos para canalização do rio Maracanã, Rio de Janeiro, com construção de córregos, tanques, construção de trapiches, do cais para as barcas Niterói-Rio, sem o devido apoio das autoridades de então, mas que anos depois foram projetos aceitos, executados e até hoje utilizados diariamente pela população carioca.
Com a queda da produção mineral a Coroa Portuguesa passou a exigir mais dos mineradores, aumentando os tributos até mesmo sobre a produção pecuária e da lavoura.
Nessa época Tiradentes, após suas leituras e entendimentos com seus parceiros, passou a se influenciar com o desfecho da Revolução Francesa, com as idéias de Thomas Jefferson, com as lições dos iluministas Rousseau, Voltaire, Loche, Montesquieu, passando a reunir-se com outros mineiros também insatisfeitos com a administração portuguesa sufocante e que projetavam a nova República de Minas: Tomas Antonio Gonzaga, Alvarenga Peixoto, José Joaquim Maria, Domingos Barbosa, Cláudio Manoel da Costa, Francisco Paula Freire e outros. Foi criada a bandeira com a inscrição “libertas quae será tamen”, extraída da 4ª.Égloga( = poesia recitada em diálogo), de autoria de Virgilio, celebre poeta latino falecido em 19 a.C. “Liberdade ainda que tardia”.
Esboçaram os planos e diretrizes da república brasileira e propuseram a revolta para o dia da “derrama”, uma cobrança exorbitante e forçada de 538 arrobas de ouro, com confisco dos bens, executada pelo governador Luis Antonio Furtado de Mendonça, Visconde de Barbacena; todavia, no meio dos revoltosos surgiram os traidores o coronel Joaquim Silvério dos Reis , Inácio Pamplona e Basílio Brito Malheiros, que, com a promessa de isenção da quota da “derrama” e perdão das suas dívidas, denunciaram toda a trama.
Foram presos 28 réus, alguns sentenciados com o exílio e condenação de morte; as penas foram comutadas, restando o enforcamento de Tiradentes.
Mas a história nos ensina. 30 anos depois, D. Pedro I, herdeiro da família real, proclama a independência do Brasil, concretizando parcialmente os propósitos do alferes, dentista, médico, agricultor, minerador, tropeiro, projetista, herói de Minas, Patrono cívico do Brasil etc.
Recordamos-nos de Cecília Meirelles que nos informa:
”Liberdade – essa palavra que não há ninguém que explique e ninguém que não a entenda!”
Bibliografia:
Cecília Meirelles – “Romanceiro da Inconfidência”, Edit. Aguilar, 1994.
Fundação Cultural Chico Boticário, Rio Novo, edição ano 1, n. 1.
Júlio J. Chiavenatto, “As várias faces da Inconfidência Mineira”, 1989.
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domingo, 21 de março de 2010
Campanha da Fraternidade 2010
Com o objetivo de unir as Igrejas Cristãs e os homens e mulheres de boa vontade, a CNBB (Conselho Nacional dos Bispos Brasileiros) e o CONIC (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil) instituíram a Campanha da Fraternidade 2010, sob o tema “Economia e Vida”, com base no ensinamento bíblico “Você não pode servir a Deus e ao dinheiro”, MT, 6, 24.
Mais do que nunca há necessidade premente e inarredável de estabelecer o “ver, julgar, agir e avaliar” nos diversos e diários extremos da vida hodierna em que:
- prevalece a falta de justiça;
- o estado de inquietação social;
- a falta de solidariedade e fraternidade;
- a fome em função do estado de pobreza social a que chegou o povo, daí decorrendo o que muitos teólogos declaram que “a fome é a mais cruel forma de tortura e terrorismo”;
- a má distribuição da renda;
- as questões do trabalho, prevalecendo à informalidade, o trabalho escravo, o desemprego;
- o uso incorreto e restrito da terra, com a proteção dos recursos naturais, da terra e da água;
- a falta de condições de estudo, com escolas insuficientes, currículos inadequados, material escolar inacessível, professores desmotivados com baixos salários;
- saúde pública em muitos casos falida;
- insensibilidade dos homens públicos;
- a tributação excessiva, a concentração de renda, consumismo exagerado;
- o flagrante descaso das nações ricas e dominadoras que só pensam no lucro e se esquecem do
homem .
A “Economia e Vida” nada mais é que a administração do bem comum para que todos “tenham vida e vida em abundância”, conclamando as Igrejas, as comunidades e a sociedade em geral para implantar um sistema econômico solidário e justo para todas as pessoas.
O Evangelho de S. Mateus anunciado é justamente a passagem que mos fala da esmola, da oração do Pai Nosso, os tesouros da terra e do céu, como devemos agir com olhos, pensamentos e corações puros: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque há de aborrecer um e amar outro; ou há de acomodar-se a este e desprezar aquele; você não pode servir a Deus e ao dinheiro.”
Com efeito, o que a Campanha propõe é a aplicação da lei eterna e natural deixada pelo Criador, imutável, norma suprema de toda moralidade e universal, e que para melhor explicá-la nos socorremos de dois clássicos:
Santo Agostinho: “A lei eterna é razão e vontade divinas que mandam observar e proíbem alterar a ordem natural.” e
Santo Tomas de Aquino: “Ao plano da divina sabedoria que dirige todas as coisas e movimentos das criaturas em ordem no bem comum de todo o universos, chamamos de lei eterna.”
Mais do que nunca há necessidade premente e inarredável de estabelecer o “ver, julgar, agir e avaliar” nos diversos e diários extremos da vida hodierna em que:
- prevalece a falta de justiça;
- o estado de inquietação social;
- a falta de solidariedade e fraternidade;
- a fome em função do estado de pobreza social a que chegou o povo, daí decorrendo o que muitos teólogos declaram que “a fome é a mais cruel forma de tortura e terrorismo”;
- a má distribuição da renda;
- as questões do trabalho, prevalecendo à informalidade, o trabalho escravo, o desemprego;
- o uso incorreto e restrito da terra, com a proteção dos recursos naturais, da terra e da água;
- a falta de condições de estudo, com escolas insuficientes, currículos inadequados, material escolar inacessível, professores desmotivados com baixos salários;
- saúde pública em muitos casos falida;
- insensibilidade dos homens públicos;
- a tributação excessiva, a concentração de renda, consumismo exagerado;
- o flagrante descaso das nações ricas e dominadoras que só pensam no lucro e se esquecem do
homem .
A “Economia e Vida” nada mais é que a administração do bem comum para que todos “tenham vida e vida em abundância”, conclamando as Igrejas, as comunidades e a sociedade em geral para implantar um sistema econômico solidário e justo para todas as pessoas.
O Evangelho de S. Mateus anunciado é justamente a passagem que mos fala da esmola, da oração do Pai Nosso, os tesouros da terra e do céu, como devemos agir com olhos, pensamentos e corações puros: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque há de aborrecer um e amar outro; ou há de acomodar-se a este e desprezar aquele; você não pode servir a Deus e ao dinheiro.”
Com efeito, o que a Campanha propõe é a aplicação da lei eterna e natural deixada pelo Criador, imutável, norma suprema de toda moralidade e universal, e que para melhor explicá-la nos socorremos de dois clássicos:
Santo Agostinho: “A lei eterna é razão e vontade divinas que mandam observar e proíbem alterar a ordem natural.” e
Santo Tomas de Aquino: “Ao plano da divina sabedoria que dirige todas as coisas e movimentos das criaturas em ordem no bem comum de todo o universos, chamamos de lei eterna.”
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Casamento
Tulio Americano
CUIDE de seu Pai
Cuide do seu Pai pois ele viveu e vive para você.
Cuide de seu Pai como um filho pois foi assim que ele cuida até hoje de você.
Cuide de seu Pai por gratidão.
Cuide do seu Pai pois mesmo diante de todos os erros cometidos, a intenção dele foi acertar.
Cuide de seu Pai i pois ele está idoso e precisa de você.
Cuide de seu Pai com carinho.
Cuide de seu Pai para se interessar por ele e pela vida dele.
Cuide de seu Pai pois ele é seu Pai e deve respeitá-lo acima de todas as coisas.
Cuide de seu Pai para zelar do futuro dele com você.
Cuide do seu Pai pois chegou a hora de assumir a responsabilidade de dar atenção para ele.
Cuide de seu Pai pois ele é o cara que mais te ama no mundo.
Cuide de seu Pai simplesmente.....por amor!