FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE . Nascido na Prússia , em
25 de outubro de 1844, filho de pastor protestante. Episódios da sua infância,
segundo alguns biógrafos, influenciaram definitivamente a vida e a obra do
filósofo. Era descendente de uma família de raça forte e aristocrática, todos de porte soberbo e dados
a esporte e lutas: Nietzsche, no entanto, era fraco, tinha nevralgia,
deficiente visão, sofria dores de cabeça que lhe provocavam desmaios ; seu pai,
de uma feita, levou uma queda, bateu com a cabeça violentamente em uma pedra que lhe resultou
em uma paralisia cerebral e levou-o à morte. Nitzzche contava sete anos de idade: ele e sua irmã ficam sob a tutela
de quatro mulheres, a mãe,a avó e duas tias.
Passou
então a estudar e vivia mergulhado nos livros. Na Escola Preparatória Pforta
teve notas altas em música, poesia, latim e grego, mas sempre acometido de
dores e com sua visão cada vez mais
fraca. Entrou para a Universidade de
Bonn: nas horas vagas passou a beber. Transferiu-se para a Universidade de
Leipzig e começou a duvidar da fé e da
religião. Dedicou-se a ensinar. Começou a escrever expondo seu pensamento de que o homem tem necessidade de valores novos. Combate a moral e os valores éticos da época. Segundo
ele, as religiões se fundaram numa tradição
judaica e cristã o que significa que as sociedades de então eram
inteiramente diferentes das sociedades do seu tempo. Os valores existentes
devem ser abandonados e os moralistas como Sócrates e Jesus:
“com
seus valores e pensamentos para proteger os fracos e oprimidos dos fortes, e
que a justiça devia reinar e não a
força, e que os mansos e não os arrojados devem herdar a terra... são conceitos
que desrespeitam os lideres naturais os confiantes, os corajosos e os
inovadores. Não há termos de igualdade com a massa humana...”
“A
vida de serviço aos semelhantes nos equipara à conduta de escravos e nós não nascemos pra isso”, repetia. “ Não há Deus e não há verdade moral ,
portato, não há Bem nem o Mal... a moralidade do cristianismo domou o coração do
homem e deve ser condenada por negar o
valor do espirito exuberante do esplendor do animalismo, dos instintos de guerra
e de conquista, da deificação, da paixão, vingança, raiva, voluptuosidade,
aventura e conhecimento.... Incumbe ao homem fazer uso de sua vontade e não
para morrer, mas para viver...”
Poer
ocasião de seu alistamento militar
(GuerraPrussiana com o Imperador Bismack, que muito se aproveitou das
idéias de Niettzscje) foi dispensado e passou a lecionar na Universidade de
Basiléia, então com apenas 25 anos, ensinando a filologia clássica, passando
bom tempo em paz na universidade; seus instintos e seu pensamentos, contudo,
fizeram-lhe voltar às crenças contra as religiões, prevalecendo seu pensamento
básico. Seguiu a filosofia de Schopenhaer: “O mundo como vontade e como
representação”., porém de uma maneia
mais agressiva , mais pungente; tornou-se
amigo íntimo de Robert Wagner, que também era ateu, até que o artista compôs a ópera religiosa PARSIFAL e
lhe dizendo que começava a se interessar pelos serviços da Igreja. Nietzsche
afastou-se dele imediatamente .
O filósofo
passou a declarar que havia cristãos demais no mundo e menos selvageria. O
cristianismo emperrava o crescimento dos “super homens”. “Não vos envergonhem o “ódio e nem a inveja
dentro dos vossos corações, pois glorioso é odiar e ser invejoso.”
São
suas obras principais: O nascimento da tragédia, Humano demasiado humano, Assim
falou Zaratrustra, Além do bem e do mal, Anticristo, Ecce homo, Crepúsulo dos
ídolos.
Filósofo
dos meados do século XIX, influenciou
fortemente as idéias de Hitler e de Mussolini que constantemente
compulsava seus livros. Inspirou também Lombroso, Bernard Shaw, Rainer Maria
Rilke, Srefan George, Jean Paul Sartre, os compositores Mahler, Delius e
Schoenberg que musicaram textos do filósofo. Strauss, em 1896, escreveu o poema
sinfônico “Assim falou Zaratrusta” até hoje tocado em produções cinematográficas
e mesmo por conjuntos de rock.
Em
janeiro de 1889, então com 55 anos, teve uma crise mental assentado a um piano. Foi recolhido em um
asilo onde faleceu só e com distúrbios de comportamento em 25 de agosto de 1890;
no seu quarto, dentre seus papéis, foi
encontrada uma nota de próprio punho e assinada: “O Crucificado.”
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Obras
compulsadas:
Henry
Thomas, “Vidas de Grandes Filósofos”, 1965, Editora O Globo.
Bryan Magee, ”História da filosofia”,
Edições Loyola.
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